Deserto Americano, 2018

DESERTO AMERICANO
Curated by Sol Camacho
A project by Ballon Rouge Collective
São Paulo, Brasil
2018



With the classic tools of an architect, the artist Bruna Canepa combines landscape, geography and time on paper. Through easily recognizable elements of architecture (columns, windows, doors) she traces worlds that leaves the viewer thinking where that place might exist. These places have already been seen, but it is not known whether here or far away… it is not distinguished whether it is present, past or future.

The drawings depict fragments of architectures that are repeated throughout the American continent, pieces of culture (mainly North American) materialized in icons of the urban and suburban landscape context from Arizona to Atacama. A car or a person gives a scale reference to the modernist and neoclassical pillars that support generic roofs and neon signs, to windows that show the distant horizon.

All these elements explore the material and symbolic construction of the continent. The architectural pieces are displaced from their origin to question the physical context in which they are located and also the meaning of the diverse appropriations that take place throughout the territory. ‘Everything is there, I do not invent anything’ says Bruna, describing the drawings she paints in the studio where she works in downtown São Paulo. Right by the Copan Building and the old Hotel Hilton, Bruna sketches in a notebook the preparatory plan of the small elements that later with rotring, airbrush, pen, paint, brush, letterset, white sheets, translucent and colored papers transforms into fascinating architectural landscapes. (Sol Camacho)

Com as ferramentas básicas de uma arquiteta, a artista Bruna Canepa junta paisagem, geografia e tempo no papel. Através de elementos facilmente reconhecidos e reconhecíveis da arquitetura (colunas, janelas, portas) ela traça mundos que deixam ao espectador pensando onde poderia existir esse lugar. Esses lugares já foram vistos, mas não se sabe se aqui ou mais longe… não se distingue se é presente, passado ou futuro.

​Os desenhos retratam fragmentos de arquiteturas que se repetem ao longo do continente americano, pedaços de cultura (principalmente estadunidense) materializada em ícones do contexto urbano e suburbano da paisagem desde Arizona até Atacama. Um carro ou uma pessoa dão escala aos pilares modernistas e neoclássicos que suportam coberturas e letreiros genéricos, às janelas que mostram o horizonte afastado.

Todos estes elementos exploram a construção material e simbólica do continente. As peças arquitetônicas são deslocadas de seu lugar de origem para questionar o contexto físico onde se encontram e também o significado das diversas apropriações que acontecem ao longo do território. ‘Tudo está aí, não invento nada’ fala Bruna ao descrever os desenhos que preciosamente traça no estúdio onde trabalha no centro de São Paulo. Na sombra do Edifício Copan e o antigo Hilton, Bruna esboça num caderno o plano preparatório dos pequenos elementos que depois com rotring, aerógrafo, caneta, pintura, pincel, letraset, folhas brancas, translúcidas e papéis coloridos transforma em paisagens arquitetônicas fascinantes. (Sol Camacho)